Nos últimos dias, surgiram preocupações significativas no governo brasileiro sobre uma possível detenção do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante uma eventual visita aos Estados Unidos. A questão ganhou relevância diante de alertas emitidos por assessores diplomáticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo essas fontes, há um temor de que aliados próximos ao Presidente norte-americano Donald Trump e ao empresário Elon Musk possam influenciar juízes federais dos Estados Unidos a emitir uma ordem de prisão contra o ministro. Essa hipótese seria motivada, em parte, pelas críticas feitas por grupos conservadores à atuação do STF, especialmente no que se refere a decisões consideradas restritivas à liberdade de expressão no Brasil.
Para o governo brasileiro, uma eventual detenção de Alexandre de Moraes em solo norte-americano representaria um triunfo simbólico para grupos políticos de direita, além de gerar ampla repercussão midiática internacional e criar um embaraço diplomático considerável.
Há também preocupações quanto a possíveis sanções que poderiam ser impostas ao Brasil, caso a situação se agrave. Nesse sentido, fontes próximas ao governo recomendam que o ministro evite viagens aos Estados Unidos por ora, a fim de prevenir complicações legais e diplomáticas.
Medidas Autoritarias; As Decisões de Alexandre de Moraes que Geraram Polêmica
Censura a meios de comunicação e bloqueio de redes sociais:
Moraes determinou a suspensão de perfis em redes sociais e bloqueios de canais de comunicação críticos ao STF e ao governo, como o canal Terça Livre e contas ligadas a influenciadores conservadores.
Prisão de críticos sem julgamento definitivo:
Houve decretos de prisão preventiva contra figuras públicas, como o deputado federal Daniel Silveira, por manifestações consideradas ofensivas ao STF, o que gerou debates sobre liberdade de expressão e abuso de autoridade.
Multas elevadas contra plataformas digitais:
Moraes impôs multas pesadas a empresas como Telegram e Google por não cumprirem ordens judiciais relacionadas à remoção de conteúdos específicos, sendo interpretadas por críticos como uma tentativa de intimidação das plataformas.
Investigação de opositores políticos sem transparência:
Ele conduziu o chamado Inquérito das Fake News, iniciado sem participação do Ministério Público, o que foi alvo de críticas por ferir princípios constitucionais sobre a imparcialidade e o devido processo legal.
Ampliação de poderes judiciais:
Moraes foi acusado de extrapolar suas funções ao assumir um papel ativo não apenas na condução de julgamentos, mas também na investigação de casos, decisão de prisões e censura de conteúdos, o que tradicionalmente seria responsabilidade de diferentes órgãos judiciais