A liberdade religiosa enfrenta novos desafios na Argélia, onde todas as igrejas protestantes evangélicas foram oficialmente fechadas pelo governo. A medida, vista como mais um capítulo na crescente onda de perseguição aos cristãos, tem gerado preocupações internacionais e apelos por parte de líderes religiosos e organizações de direitos humanos.
Fechamento de Igrejas e Prisões de Pastores
Segundo informações recentes, o governo argelino tem intensificado ações contra comunidades cristãs. Em meio a essa repressão, um pastor foi preso por realizar cultos considerados “ilegais” pelas autoridades locais. Ele fez um apelo urgente para a reabertura das igrejas evangélicas, destacando que essa situação compromete não apenas a prática da fé, mas também os direitos básicos garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Pastor Youssef Fica na Mira das Autoridades
Entre os afetados por essa repressão está o pastor Youssef, líder de uma das comunidades evangélicas que se recusou a abandonar os cultos, mesmo sob a pressão das autoridades. Recentemente preso por realizar reuniões religiosas consideradas “ilegais”, Youssef tem sido uma voz ativa na denúncia contra o fechamento das igrejas na Argélia.
Youssef afirmou que os cristãos argelinos não têm escolha a não ser continuar adorando em segredo, uma prática que, segundo ele, fortalece a fé, mas também os coloca em grande risco. “Estamos sendo forçados a viver nossa fé às escondidas, mas sabemos que Deus está conosco em todas as circunstâncias”, declarou.
Um Contexto de Perseguição Crescente
Desde 2018, a Argélia tem fechado igrejas protestantes, alegando que as mesmas não possuem as autorizações exigidas pela lei. No entanto, líderes religiosos apontam que os processos para obtenção de tais permissões são excessivamente burocráticos e, na prática, quase impossíveis de serem concluídos.
Essa situação tem afetado diretamente os membros da Igreja Protestante da Argélia (EPA), uma denominação que representa grande parte dos evangélicos no país. Muitas igrejas da EPA foram fechadas sob alegações infundadas, obrigando cristãos a se reunirem em segredo, expondo-os ao risco de novas ações legais.
Repercussão Internacional
A comunidade cristã internacional tem reagido com indignação às notícias vindas da Argélia. Organizações como a Portas Abertas e a Christian Solidarity Worldwide (CSW) têm denunciado a escalada da repressão e pressionado governos ocidentais para que tomem medidas diplomáticas em defesa dos cristãos argelinos.
Os Estados Unidos, por meio da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), já colocaram a Argélia na lista de países que violam gravemente a liberdade religiosa. Apelos também têm sido feitos para que o Conselho de Direitos Humanos da ONU intervenha no caso.
O Clamor dos Cristãos
Em uma recente entrevista, o pastor preso enfatizou a necessidade de orações e apoio por parte da comunidade internacional. “Estamos vivendo tempos difíceis, mas confiamos em Deus e na solidariedade dos nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo”, afirmou.
Um Chamado à Ação
O fechamento das igrejas na Argélia é um lembrete urgente da necessidade de liberdade religiosa global. À medida que os desafios se multiplicam, cristãos em todo o mundo são chamados a orar, agir e apoiar aqueles que enfrentam perseguição por sua fé.