Terror em Córdoba: A Macabra Verdade por Trás das Mortes de Bebês no Hospital Neonatal

As investigações sobre as mortes de recém-nascidos no Hospital Materno Neonatal de Córdoba continuam a ganhar destaque. Nesta semana, uma médica que trabalhava na unidade de saúde prestou depoimento, revelando que havia alertado a direção sobre situações “estranhas” que ocorriam no local antes que os casos viessem à tona.

De acordo com o testemunho da profissional, os primeiros indícios de irregularidades surgiram quando ela percebeu um aumento fora do normal na quantidade de óbitos de recém-nascidos saudáveis. “Havia algo errado. Não era comum que bebês que tinham nascido bem apresentassem complicações tão graves em tão pouco tempo”, afirmou.

A médica destacou que levou suas preocupações à administração do hospital, mas a resposta não foi imediata. “Fizemos relatórios, relatamos aos superiores, mas a situação continuou a se repetir”, lamentou.

Investigações em Andamento

Até o momento, a polícia e o Ministério Público estão investigando a possível responsabilidade de funcionários do hospital, bem como falhas nos protocolos de segurança e assistência médica. Os familiares das vítimas exigem respostas e justiça diante das circunstâncias alarmantes.

Autoridades locais confirmaram que os óbitos estão sendo tratados como suspeitos e que não descartam a possibilidade de negligência ou até mesmo intencionalidade. Enquanto isso, o hospital reforçou que está colaborando com as investigações e revisando seus procedimentos internos.

Repercussão na Comunidade

A comunidade de Córdoba está abalada com os acontecimentos, e protestos pedindo transparência e justiça já foram realizados em frente ao hospital. “Queremos saber a verdade. Esses bebês tinham famílias que esperavam levá-los para casa, e agora enfrentamos esse pesadelo”, disse uma das manifestantes.

O caso gerou ampla repercussão nacional e levantou questões sobre a qualidade do atendimento neonatal e a supervisão em hospitais públicos da região

As investigações sobre as mortes de recém-nascidos no Hospital Materno Neonatal de Córdoba, Argentina, revelaram detalhes perturbadores. Entre março e junho de 2022, cinco bebês saudáveis faleceram repentinamente, sem complicações prévias, e outros oito sofreram graves episódios de hiperpotassemia, mas conseguiram se recuperar. Perícias indicaram que os bebês receberam doses letais de potássio ou outras substâncias não prescritas nos tratamentos.

Em agosto de 2022, a enfermeira Brenda Agüero foi detida, acusada de administrar deliberadamente essas substâncias. Ela enfrenta cinco acusações de homicídio qualificado e oito de tentativa de homicídio. Agüero nega as acusações, afirmando que jamais causaria dano a alguém, especialmente a uma criança.

Além de Agüero, outros dez funcionários e ex-funcionários do hospital e do sistema de saúde provincial foram indiciados por encobrimento e negligência. Entre eles estão o ex-ministro da Saúde de Córdoba, Diego Cardozo, e a ex-diretora do hospital, Liliana Asís.

O julgamento, iniciado em 6 de janeiro de 2025, é considerado histórico na Argentina. No primeiro dia, Agüero declarou sua inocência, afirmando que nunca faria mal a ninguém, muito menos a uma criança. O caso gerou grande comoção pública, com familiares das vítimas e a comunidade exigindo justiça e transparência.

As mortes dos bebês levantaram questões sobre a segurança nos hospitais públicos e a eficácia dos protocolos de supervisão médica. O desfecho do julgamento é aguardado com expectativa, na esperança de que os responsáveis sejam devidamente punidos e medidas sejam implementadas para evitar tragédias semelhantes no futuro.

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